Ramones
Ramones

Criado no Queens, Nova York, em 1974, os Ramones eram originalmente um trio. Joey Ramone (cujo nome verdadeiro era Jeffrey Hyman - vocal/bateria), Johnny Ramone (John Cummings - guitarra) e Dee Dee Ramone (Douglas Colvin - baixo). Seu empresário, Tommy Ramone, tornou-se baterista logo depois do primeiro show da banda. Todo o grupo adotou o sobrenome Ramone, pseudônimo que Paul McCartney usava na época dos Silver Beatles. Assim como o nome, também decidiram adotar o mesmo visual, com jaquetas de couro e calças jeans rasgadas. Assim, estavam definindo o que se tornaria o uniforme punk até os dias de hoje. Há quem diga que os Ramones foram os salvadores do Rock.

 


Dispostos a mudar a cena estagnada causada pelo rock progressivo da época (virtuoso demais, grandioso demais e inacessível para os jovens comuns), eles introduziram a idéia do "faça você mesmo" para o grande público. No fim de 1975, os Ramones conseguiram o seu primeiro contrato com uma grande gravadora. De agosto de 1974 a maio de 1978 eles tocaram 52 vezes no CBGB. Quando fizeram a viagem ao Reino Unido, influenciaram bandas como os Sex Pistols e o The Clash. Desde então não pararam de fazer turnes, passando inclusive pelo Brasil. Lançaram 24 álbuns, incluindo gravações de estúdio e apresentações ao vivo.

 

 


Joey Ramone
O menino Jeff Hyman nasceu em 19 de maio de 1951. Sua primeira banda não deu muito certo. Depois de passar por hospitais psiquiátricos, o magro e cabeludo Jeff estava decidido a formar uma banda de garagem que misturasse o ritmo básico do rock and roll com as melodias simples dos grupos pop dos anos 60.
Assim nasceu o Ramones. As formações do grupo foram várias, mas Joey estava sempre lá. Atencioso, tímido e de aparência frágil, ganhava sempre a simpatia dos fãs, tormando-se "a cara" dos Ramones. Ele se destacava dos outros band-leaders punks. Enquanto o Sex Pistols e o Clash, por exemplo, exaltavam canções violentas ou de conteúdo estritamente político, os Ramones cantavam sobre festas, bebida, drogas e mulheres.

Talvez Joey não soubesse, mas a música e o estilo que ajudou a criar influenciou muitos garotos a formarem suas bandas. Mais ainda, embalou festas, namoros e bebedeiras de adolescentes de Nova York a Porto Alegre.
Morreu em Nova York, num domingo de tarde de 2001. O punk só não é órfão porque a figura de Joey Ramone está bem presente na memória. Mesmo assim, agora a Osvaldo Aranha anda parecendo cada vez mais cinza.